O bioma Amazônia cobre cerca de 49,5% do território brasileiro e é caracterizado pela alta biodiversidade e por significativos recursos de água doce. No entanto, seus ecossistemas têm sido ameaçados pela desmatamento e pela degradação florestal, resultado de atividades, em sua maioria, ilegais. Estima-se que 90% da área desmatada seja utilizada para pecuária extensiva e produção agrícola (Mapbiomas, 2022). Além disso, a conversão de vegetação nativa, o uso insustentável de recursos naturais, os conflitos fundiários, a violação dos direitos trabalhistas e dos direitos dos povos indígenas e comunidades tradicionais e a desigualdade de gênero configuram alguns dos principais problemas encontrados nos ecossistemas amazônicos. A agricultura tem grande importância econômica e cultural na região, representando a base da vida de muitas famílias rurais. No entanto, ainda faltam incentivos para a adoção de práticas sustentáveis e oportunidades para os agricultores comprovarem o cumprimento de normas ambientais e sociais. Considerando a pressão dos mercados internacionais para garantir que a produção agrícola seja dissociada do desmatamento, grupos vulneráveis correm o risco de serem excluídos de tais mercados, reduzindo assim oportunidades de agregação de valor.